Tag Archives: Poesia

‘Ou não’ em dezembro no Cai+Pira

7 dez

CONTRACULTURA, POESIA, MÚSICA  E OUTRAS ESQUINAS…

 11/12 (SÁB) – CAI & PIRA- 22 H

 COSTURA DE TEXTOS, ROTEIRO E LEITURA:

“Encruzilhada da Contracultura”

(André Monteiro, Bruno Tuler, Danniel Goulart, Edwald Winand, Edson Leão, Livia Gomes, Valéria Leão Ferenzini)

 PARTICIPAÇÕES ESPECIAIS:

Fabrícia Valle e Laura Assis

 Fechamento: FBI

 

 

 

 

Leituras poéticas regadas a músicas setentistas unindo Allen Ginsberg, Torquato Neto, Sá, Rodrix e Guarabira, Jack Kerouac, tropicalistas, Paulo Leminsk,  Clube da Esquina, Chacal, Secos e Molhados, Gary Snider, Som Nosso de Cada Dia,  Hendrix  e outras bruxas.

Recuperando o espírito beat das leituras poéticas unidas à música, “Ou não…” faz um passeio não linear, e descompromissado pelo universo da contracultura, partindo de precursores beatniks (como Allen Ginsberg, Jack Kerouac e Gary Snider) passando por Torquato Neto e poetas da poesia marginal dos 70, (Leminski, Chacal, Leila Micolis e Marta Medeiros) e desembarcando em JF, em pleno Kaos do terceiro milênio com textos do poeta André Monteiro, que também divide as leituras com Bruno Tuler, Edwald Winand, Edson Leão e a atriz Livia Gomes.

Costurando esse “sarau underground”, canções brasileiras que puseram o pé na estrada em meio à ditadura, ao “desbunde”, à descompressão do corpo e do espírito via sexo, política, drogas e rock n’ roll. Tropicalistas, Clube da Esquina, nordestinos… Malditos,…ou não…

Fechando o ritual, mais uma dose de rock e canções setentistas em versões acústicas com a FANTÁSTICA BANDA INVISÍVEL.

Videos-Poemas @EcoPoetico Dezembro

5 dez

Adicione @EcoPoetico no Twitter e veja outros vídeos no canal EcoPoetico no Youtube!

Continue lendo

Último ECO do Ano!

28 nov
Depois de passar o ano inteiro agitando a cena literária da cidade,
ECO – Performances Poéticas já marcou a comemoração poética de Natal:
dia 02/12quinta-feira, rola o último ECO de 2010.
Eis a escalação da noite, só com pratas da casa:

André Monteiro

José Alexandre Abramo
Larissa Andrioli
Laura Assis
Luiz Fernando Priamo
Pamella Oliveira
Pedro Paiva
Tiago Rattes

O Mestre de Cerimônias será o grande Anderson Pires e o esquema é o de sempre:
poesia, livros, cerveja, música, vinil, microfone aberto e o que mais a noite de quinta-feira trouxer consigo.
Então não se esqueça: começa às 20h (e a entrada é grátis).
E não perca, porque depois só no ano que vem…

On the Mezcla – Beats

17 nov

“Eu vi os expoentes de minha geração destruídos pela loucura, morrendo de fome, histéricos, nus, arrastando-se pelas ruas do bairro negro de madrugada em busca de uma dose violenta de qualquer coisa, “hipsters” com cabeça de anjo ansiando pelo antigo contato celestial com o dínamo estrelado da maquinaria da noite,

que pobres, esfarrapados e olheiras fundas, viajaram fumando sentados na sobrenatural escuridão dos miseráveis apartamentos sem água quente, flutuando sobre os tetos das cidades contemplando jazz, que desnudaram seus cérebros ao céu sob o Elevado e viram anjos maometanos cambaleando iluminados nos telhados das casas de cômodos, que passaram por universidades com os olhos frios e radiantes alucinando Arkansas e tragédias à luz de William Blake entre os estudiosos da guerra, que foram expulsos das universidades por serem loucos e publicarem odes obscenas nas janelas do crânio, que se refugiaram em quartos de paredes de pintura descasca da em roupa de baixo queimando seu dinheiro em cestas de papel, escutando o Terror através da parede, que foram detidos em suas barbas públicas voltando por Laredo com um cinturão de marijuana para Nova York, que comeram fogo em hotéis mal-pintados ou beberam terebentina em Paradise Alley, morreram ou flagelaram seus torsos noite após noite com sonhos, com drogas, com pesadelos na vigília, álcool e caralhos e intermináveis orgias, incomparáveis ruas cegas sem saída de nuvem trêmula e clarão na mente pulando nos postes dos pólos de Canadá & Paterson, iluminando completamente o mundo imóvel do Tempo intermediário, solidez de Peiote dos corredores, aurora de fundo de quintal com verdes árvores de cemitério, porre de vinho nos telhados, fachadas de lojas de subúrbio na luz cintilante de neon do tráfego na corrida de cabeça feita do prazer, vibrações de sol e lua e árvore no ronco de crepúsculo de inverno de Brooklin, declamações entre latas de lixo e a suave soberana luz da mente, que se acorrentaram aos vagões do metrô para o infindável percurso do Battery ao sagrado Bronx de benzedrina até que o barulho das rodas e crianças os trouxesse de volta, trêmulos, a boca arrebentada e o despovoado deserto do cérebro esvaziado de qualquer brilho na lúgubre luz do Zôológico, que afundaram a noite toda na luz submarina de Bickford’s, voltaram à tona e passaram a tarde de cerveja choca no desolado Fugazzi’s escutando o matraquear da catástrofe na vitrola automática de hidrogênio, que falaram setenta e duas horas sem parar do parque ao apê ao bar ao hospital…”

O Uivo,  Allen Ginsberg – recitado em 1955, São Francisco (EUA)